Por mais que não seja totalmente conhecida a exata correlação entre os DTM e o Zumbido no Ouvido, encontram-se com grande frequência sintomas como zumbido no ouvido, dor no ouvido, sensação de ouvido tapado, aquela sensação de quando descemos a serra, vertigem e tontura.
Anatomicamente a região da ATM (Articulação Temporomandibular) está muito próxima ao ouvido, bem como, a inter-relação de suas artérias, veias e nervos. Quando o paciente tem uma desordem nesta ATM, ele apresenta uma Disfunção Temporo Mandibular (DTM) e as estruturas anatômicas podem ser prejudicadas, gerando diversas consequências, uma delas é o zumbido.
Cerca de 85% dos pacientes com DTM apresentam sintomas otorrinolaringológicos e a ausência de anormalidade nas audiometrias comprova que eles não apresentam perda auditiva relacionada à desordem temporomandibular.
Existem autores que relacionam à perda de dentes superiores com o deslocamento do côndilo mandibular em direção a parte posterior do tímpano, provocando sua reabsorção, dessa forma, provocaria compressão da tuba auditiva, pressão no nervo aurículo-temporal, que justificariam os sintomas auditivos.
Ainda tem sido sugerido que as alterações musculares em pacientes com DTM, como o espasmo do músculo pterigóideo lateral, levam a hipertonia do músculo tensor do tímpano, causando alterações no ciclo de abertura da tuba auditiva e conseqüente à redução na ventilação da orelha média. No entanto, alguns autores contestam esta hipótese.
Interferências na região da fissura petrotimpânica, por onde passam o nervo corda do tímpano, a artéria timpânica e o ligamento discomaleolar, poderiam também causar sintomas otológicos.
Por isso, o correto sempre será trabalhar de forma multidisciplinar para tratar o zumbido e após um diagnóstico já realizado pelo otorrino, o dentista especialista em DTM vem complementar e fechar um diagnóstico correto.