“Qual a qualidade do seu sono?”
Esta seria a grande pergunta que o profissional de saúde deveria fazer aos pacientes.
A princípio este paciente não entende o porquê da pergunta. Ele não tem ideia de que o sono pode ou não estar interferindo nas suas questões de saúde.
Poucos ainda são os especialistas e agentes da área da saúde que fazem esse tipo de questionamento aos pacientes, mas tem crescido cada vez mais essa abordagem nos consultórios e vem sendo discutido com uma abrangência muito maior em congressos e seminários na área da saúde.
Estudos realizados sobre sono já existem e tem abordagem em vários segmentos, em especial na Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP, referência mundial em tratamento do sono.
O sono de má qualidade ou inadequado é queixa de inúmeras pessoas mundo afora, mas o que esse sono ruim pode gerar ninguém faz ideia ou pode imaginar as consequências que podem trazer.
As queixas se iniciam a partir dos reflexos no dia seguinte, como sonolência diurna excessiva, sensação ao acordar de não ter descansado, irritabilidade, falta de humor, alteração na memória, entre outras. O corpo começa a alertar o indivíduo com sinais e sintomas como hipertensão, diabetes, stress, cansaço, disfunção erétil, ganho de peso, sensibilidade dolorosa, etc. Todo sistema fisiológico pode ser alterado e a partir daí começam as mudanças e complicações na saúde. Problemas cardíacos, alterações no sistema respiratório, digestório, imunológico, renal e ainda no fluxo sanguíneo cerebral podem ser gerados.
Na maioria das vezes o alerta não é dado ao paciente que procura por ajuda somente dos seus sintomas, é tratado somente os sintomas e não a causa, que é a fonte de onde de todo problema.
Um dos problemas mais comuns que pode ser gerado é a síndrome da apneia obstrutiva do sono (SAOS), conhecida como APNEIA. A pessoa tem um bloqueio das vias aéreas superiores evitando que haja passagem do ar para os pulmões, gerando roncos, engasgos durante a noite e assim causando em todo corpo uma necessidade muito maior de trabalhar para suprir a falta de oxigênio no organismo, com isso, durante a permanência do problemas as doenças vão surgindo.
Após identificado o problema, o paciente deve ser encaminhado para um exame de polissonografia (exame do sono) e a escolha pelo tratamento dependerá do resultado do exame.
